Sem provas: Primeiro Lula, agora Jobim. Ainda bem que Gilmar Mendes não estava em um estádio… Senão, todos seriam acusados

A verdade precisa ser fundamentada, caso contrário ela é fantasia.

Ou mentira.

Esses senhores já passaram da idade da fantasia.

Ao dizer que a revista Veja interpretou as informações que possuía, Gilmar Mendes acabou colocando a publicação semanal em péssima situação.

Se “interpretou” então a informação não era exatamente aquela.

E qual era a informação da Veja? Se é que ela tinha alguma, além da mentira…

Em sua afirmação, Gilmar Mendes fala de várias pessoas.

“A Veja compôs aquilo como uma colcha de retalhos, a partir de informações de várias pessoas, depois me procuraram.”

Porém não fala quem são essas pessoas.

Ridículo: Quem acusa sem provas, além de processado, sofre grande perda de credibilidade

Do Viomundo:

CartaCapital: Agora,Mendes insinua que Jobim também tentou “chantageá-lo”

30/05/2012

A insinuação de que Jobim tentou “chantagear” Mendes foi feita pelo ministro em entrevista ao jornal Valor Econômico. Segundo ele, isso teria ocorrido quando Jobim citou, durante a conversa do trio, o nome de Paulo Lacerda, ex-diretor-geral da Polícia Federal.

Lacerda e Mendes são inimigos políticos desde 2008. Lacerda perdeu o cargo após denúncias de que teria mandado grampear o gabinete de Mendes no STF. A revista Veja publicou a denúncia, mas ela jamais foi comprovada e os grampos nunca apareceram. Em entrevista ao Estado de S.Paulo, também publicada nesta quarta-feira 30, Gilmar Mendes afirma ter recebido notícias de que Lacerda quer “destruí-lo”.

Questionado pelo Valor Econômicose, ao citar o nome de Lacerda, Jobim estaria tentando fazer uma chantagem, Gilmar diz que “Pode ser”. Em seguida, Mendes afirma “que Jobim participou da conversa inteira” e que, “uma ficha caiu”. “Isso é possível, vamos constrangê-lo com Paulo Lacerda. Não sei se é isso”, diz Mendes.

A frase “não sei se é isso” no fim da fala demonstra que Mendes pode estar, em meio à imensa polêmica criada, reinterpretando os fatos ocorridos na reunião com Lula e Jobim e tentando dar a eles uma lógica. O que pode ser um problema para Mendes é que essa lógica agora é guiada pelo clima de rivalidade clubística em torno do caso. Neste contexto, Mendes não tem como recuar das denúncias feitas, num comportamento parecido com o que manteve no episódio do “grampo”.

É importante notar que o tom de histeria a respeito do caso foi dado, em grande medida, pela reportagem de Veja. A revista afirma que Lula “ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo de preocupação com as investigações” para só depois dizer que isso teria ocorrido de forma “decodificada”. Em entrevista à TV Globo, levada ao ar pela GloboNews na noite de segunda-feira 28, Mendes negou uma oferta direta de proteção feita por Lula. Nas reinterpretações que vem fazendo da reunião, Mendes parece estar buscando argumentos para provar a si próprio que foi vítima do que seria um acha que político por parte de Lula.

Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta, Mendes diz que a revista interpretou as informações que possuía. “A Vejacompôs aquilo como uma colcha de retalhos, a partir de informações de várias pessoas, depois me procuraram. Óbvio que ela tem a interpretação. O fato na essência ocorreu”, disse. O que não se sabe é quem seriam as “várias pessoas” citadas por Gilmar, uma vez que a reunião tinha apenas três integrantes: ele, Jobim e Lula.

Gilmar agora afirma que Jobim participou da conversa inteira.

Diferente da afirmação anterior, quando Lula fez a pressão em uma conversa reservada.

Os termos “Pode ser” ou “não sei se é isso” não são característicos de um magistrado.

Um membro do Poder Judiciário deveria se pautar por provas materiais.

E, através delas, fazer seu julgamento.

Deveria ser um exemplo.

Deveria saber que equidade, imparcialidade, isenção e neutralidade não são apenas palavras.

Porém, quem procura uma revista que está sendo investigada por ligações com o crime organizado (clique aqui), não se encontra em condições de fazer julgamentos.

E Gilmar Mendes é mais que um simples magistrado. É membro do Supremo Tribunal Federal.

A justiça brasileira está em débito com o cidadão, carente de uma justiça rápida e eficaz.

Carente e cansado.

Não é de hoje que o Poder Judiciário é visto com restrições pelo cidadão carente.

E o comportamento de Gilmar Mendes não ajuda muito…

Veja também:

A justiça que agoniza: Sem provas, Gilmar Mendes acusa Lula de ajudar ‘bandidos’.

Lula não ficou sozinho com Gilmar Mendes, diz Jobim

Imagem:baraunaatual.blogspot.com

Autor: tonigumauskas

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