Fica no seu lugar. De onde não deveria ter saido.
Um lugar onde, de preferência, não possa nem ser ouvido.
Esse é o pensamento daqueles que, em 1964 apoiaram o golpe (clique aqui e aqui).
Esse é o pensamento daqueles que queriam o impeachment de Lula (clique aqui).
Lula que, por duas vezes, foi eleito democraticamente e deixou a presidência sob aprovação popular recorde.
Para eles a vontade popular, manifesta através do voto, não tem o menor valor.
Eles que se esqueceram do mensalão de Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, e massacraram os réus da AP 470.
São eles que usam o aumento de combustíveis, algo comum nos tempos de FHC (clique aqui) para atacar Dilma e minimizam a redução nas contas de luz, algo inédito.
Porém um país que destina mais da metade de suas despesas para programas sociais (clique aqui), não pode estar distante de povo.
E o povo sabe disso.
Tanto que, depois de perder em 2002, a oposição e a mídia perderam em 2006 e perderam em 2010.
Além de, em 2012, perderem a maior cidade brasileira.
A oposição e a mídia estão sentindo isso.
E precisam fazer alguma coisa para sobreviver.
Da Carta Maior:
Imprensa e toga: a tentação do golpe
03/2/2013
Não deve ser motivo de surpresa que os membros dos dois campos (midiático e jurídico) se vejam empenhados em mudar as regras formais do jogo político, inaugurando uma série de eventos dramáticos com o objetivo último de deslegitimar o governo eleito pelo povo.
O natural para a estrutura midiática é dominar opiniões, vontades e votos.
É a estrutura midiática capaz de fazer o povo votar em representantes das elites.
Fazer o povo votar contra o povo.
Porém, no momento em que isso deixa de ocorrer, torna-se necessária a adesão e o fortalecimento de uma estrutura auxiliar.
Foi o que ocorreu em 1964, quando o partido das elites (a UDN), unido com a estrutura midiática, já não conseguia dominar opiniões, vontades e votos.
Precisavam de uma estrutura auxiliar.
Os militares.
Só não contavam que os militares, de estrutura auxiliar, se tornaria a principal.
Agora, mais uma vez, a estrutura midiática não se mostra capaz de dominar opiniões, vontades e votos.
Não se mostra capaz de fazer o povo votar em representantes das elites.
E, mais uma vez, vemos o partido das elites, unido com a estrutura midiática, buscando uma estrutura auxiliar para exercer o seu domínio.
Porém, dessa vez, não buscarão amparo com os milicos.
Em pleno século XXI, isso seria inconcebível…
Então, já que não podem mais torturar e matar adversários, vão colocar sobre eles todo o peso da lei.
Mesmo que a lei já não represente mais a justiça (clique aqui).
O julgamento da AP 470 deixou isso bem claro.
Quando as luzes da imprensa e da justiça focalizaram apenas o lado vermelho do valerioduto.
Deixando de lado os verdadeiros criadores do “mensalão” (clique aqui).
Vão torturar e matar reputações. Vão cassar direitos políticos.
Afinal, eles conseguiram nova estrutura auxiliar.
A estrutura da toga…
Veja também:
Metade dos gastos de Dilma vai para programas sociais
Por que o mensalão de Azeredo foi desmembrado?
Dois pesos e dois mensalões – JANIO DE FREITAS
Imagem: historiabrasileira.com